sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Gazelas no Gazebo

Restaurante Gazebo: http://www.restaurantegazebo.com.br/ com direito a bela vista para terceira ponte do Lago Sul. Lá dentro, decoração requintada e até mesa reservada, longe dos holofotes.
Ontem, durante a noite fresca em Brasília, ali, trocaram figurinhas o jornalista Gustavo Krieger e o Líder do governo, Senador Aloísio Mercadante - PT/ SP. Depois, do ti-ti-ti, Krieger foi embora e Mercadante arrumou outra mesa. Encontrou com o Ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. Paulo Bernardo, que já estava para ir embora, ficou mais um pouquinho. E o papo na mesa? Mercado da Índia e mercado consumidor... Depois de Paulo Bernado se despedir, Mercadante ainda arranjou outra mesa e mais papo... isso é que é liderança...


* gazela: mamífero veloz

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Arruda e Ferragamo no armário

O italiano Salvatore Ferragamo calçou deusas como Sophia Loren, Greta Garbo e Marilyn Monroe. Apesar de morto há mais de 40 anos, o sucesso de Salvatore perpetua-se pelo sucesso da grife que leva o seu nome. No Brasil, a marca é encontrada nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, em quatro lojas próprias localizadas no shopping Iguatemi, na rua Haddock Lobo e na Daslu em São Paulo e no Shopping Leblon no Rio de Janeiro, no exclusivo bairro de mesmo nome. Está prevista, ainda para 2010, a abertura de uma nova loja no Shopping Iguatemi Brasília. O italiano foi o primeiro a utilizar a cortiça na criação de saltos.
Um belo museu em Florença, o Palazzo Spini Feroni, homenageia o mestre com fotografias, patentes, rascunhos, livros, revistas e fôrmas em madeira de pés famosos. Além disso, o museu exibe a coleção de mais de 10 mil modelos.
Mas, por quê falar dele após o carnaval? Uma preciosidade desta grife no pé vale milhares de verdinhas, e a primeira dama Flávia Arruda não hesitou na hora de encomendar um Ferragamo exclusivo para o desfile da Beija-Flor no Rio de Janeiro, mas o salto alto ficou no armário.
O traje para visitar o marido na passarela da PF pede um modelito menos chamativo nos pés...

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Palmas ao Marco Aurélio, STJ e PF

" Eis os tempos novos vivenciados nesta
sofrida República. As instituições funcionam atuando a
Polícia Federal, o Ministério Público e o Judiciário. Se,
de um lado, o período revela abandono a princípios, perda
de parâmetros, inversão de valores, o dito pelo não dito, o
certo pelo errado e vice-versa, de outro, nota-se que
certas práticas – repudiadas, a mais não poder, pelos
contribuintes, pela sociedade – não são mais escamoteadas,
elas vêm à balha para ensejar a correção de rumos,
expungida a impunidade. Então, o momento é alvissareiro."
 
Ministro Marco Aurélio de Farias Mello - STF
nega HC e Arruda permanece preso

veja decisão STJ:
http://www.stj.jus.br/portal_stj/publicacao/engine.wsp?tmp.area=398&tmp.texto=95949

Brasília aos 50, com Ali Babá e os 40

Chegando ao aeroporto de Brasília, após visita a São Paulo logo vi um painel com a seguinte propaganda: “Brasília 50 anos”. Na mesma hora pensei: o que Brasília tem a comemorar nesses anos todos?
É bem verdade que a cidade se desenvolveu, amadureceu, modernizou-se. Só nos últimos três anos, por exemplo, cidades satélites cheias de barro e que estavam esquecidas, ganharam luz, água, asfalto, metrô e outras cositas más.
Tudo estava bom demais para ser verdade. E logo vieram as notícias: dinheiro na meia, dinheiro na bolsa, dinheiro no paletó, dinheiro também na casa do governador.
E aquela mesma mão usada para agraciar o povo, agora era acusada de desviar recursos públicos, formar quadrilha, superfaturar licitações, cobrar propina, enriquecimento ilícito e outras cositas más.
E em plena idade madura, entrando no auge da experiência, Brasília, que se prepara para se tornar uma senhora idosa, perdeu os argumentos antigos que justificavam tamanha irresponsabilidade com o povo: “mas esses políticos vieram de outros estados”, dizia Brasília.

Agora “esses políticos” podem até ter raízes em outros estados, mas assumiram o compromisso com Brasília de zelar pelo bem público, o bem material, o bem moral e o bem histórico dos candangos, pioneiros, brasilienses e afins.
Ali Babá era um comerciante honesto até se deparar com um tesouro roubado pelos 40 ladrões. Conseguiu roubar os ladrões, e ainda entregar o chefe da quadrilha para o rei. Hoje o povo de Brasília quer saber a quem entregar os quarenta ladrões e o Ali Babá também.
Será o Judiciário? Exemplar foi a decisão do TJDF. Por enquanto, manda que todos os envolvidos no esquema do Mensalão do Dem batam em retirada da Câmara Legislativa. É que o excesso de verniz na madeira talvez impedisse que cada um saísse por conta própria. É pouco, ma já é algo.
Mas nem tudo está perdido. Com esse presente, Brasília no carnaval de 50 anos, vai ter pelo menos diversão e muita diversão. E não vão faltar nos salões muita fantasia bonita de políticos endinheirados e muita marchinha divertida para cantar história. É preciso rir para não chorar. Quem sabe até não nos deparamos por aí com Ali Babá e os 40 ladrões.


TEXTO Jan/ 2010
MARINA COSTA
JORNALISTA
PÓS - GRADUAÇÃO CIÊNCIA POLÍTICA – UnB